Você já parou para pensar no poder da nossa mente? O que ela é capaz de produzir e transformar?
Sempre fui alguém que cuidou dos pensamentos que produz, mudando quase que de imediato quando vêm os negativos, “controlando” de certa forma aquilo que gero, que propago. Mas, claro, sou igual a todas as pessoas, tenho, como todos, dias bons, maus, positivos, negativos, com energia, sem energia. Obviamente, naqueles dias que estou mais “fraco” mentalmente, emocionalmente, é natural que a minha mente esteja mais suscetível a pensamentos “ruins”.
Agora, durante a recente crise de saúde global, certamente todos nós tivemos dias muito ruins, de medo, de incerteza, de aflição, ansiedade. É normal, pois, quem pensou um dia passar por algo assim, afetar a vida de todo o mundo em um só momento da maneira como vivemos? Quantos foram afetados profissionalmente, financeiramente, familiarmente, emocionalmente?
Quantos de nós nesses últimos anos acordaram um dia e disseram “Estou com a 'doença'!” seguros de que estavam doentes? Acho que muitos, não? Qualquer incômodo, dorzinha de cabeça, uma tossida, um espirro, enfim, afirmamos: Estou doente. Mas quando pensamos racionalmente, que probabilidade tínhamos de ter nos infectado? Num contexto em que não tivemos contato com ninguém doente, estávamos em casa, não pedimos comida nem por aplicativo, não fomos ao supermercado. Como ficaríamos doentes? É impossível! Mas nossa mente diz que sim.
Posso confessar, inclusive, que eu um dia, no início do período de restrição, após ir ao supermercado, me senti mal, me senti fraco, com calafrios, com as extremidades frias, o corpo "cortado"... Tomava minha temperatura e não tinha febre, mas seguia sentindo frio nas mãos, nos pés. Enfim. Nessa noite, acordei suando, tomei a temperatura e tinha 37,9. Disse “estou com a 'doença'!” outra vez.
Minha cabeça não parava. Pensava como ia cuidar, o que faria. Como minha esposa e minha filha não se infectariam. Mas igual, que já podem estar. Enfim. Foi um dia horrível, uma noite horrível. Pensava como ia contar pela manhã a elas que tive febre e que estava ao lado delas. Nesse momento (a madrugada) pesquisei sobre a doença, sintomas, tratamentos, etc. A mente não parava.
Quando consegui ir me acalmando, dominando (um pouco) os pensamentos, pensando racionalmente, cheguei à conclusão: é impossível que eu esteja doente. Primeiro, a última vez que havia saído tinha sido há mais de 10 dias. A saída daquele dia era impossível que apresentasse sintomas imediatos, são 3, 4 ou 5 dias após infecção que os sintomas aparecem. Que não tive contato com ninguém no supermercado, não toquei o rosto sem limpar as mãos, limpamos tudo quando cheguei em casa, troquei a roupa, tomei banho… Ou seja, é impossível. É simplesmente impossível, mas sim é a minha mente e eu permitindo que meu corpo sinta o que estou pensando. Mas é real. É físico.
Pela manhã, disse a minha esposa o que senti, mas também já afirmando que eu sabia que não estava doente. Só precisava descansar um pouco, recuperar as energias, afinal de contas, não havia dormido quase nada. E na noite anterior também, por outros motivos. Descansei na hora do almoço e já não senti mais nada. Primeiro porque o corpo, realmente, precisava descansar. Segundo, porque já tinha controle sobre a minha mente, afirmando que estava tudo bem e realmente estava.
Um tempo depois fiz teste de anticorpos para a 'doença', não só por esse episódio e o resultado foi negativo. Ou seja, teoricamente, nunca estive em contato com a doença e é só mais uma prova do que minha mente foi capaz de produzir.
Agora, trazendo para a questão em si, "O poder da nossa mente", imagina o poder que temos de produzir coisas boas se até mesmo uma reação química e física em nosso corpo é reflexo dos nossos pensamentos como se tivéssemos uma infecção (febre)? Podemos produzir milhares de pensamentos positivos, focar em planos e alcançá-los, melhorar nosso desempenho como pessoas, profissionais, familiares, etc.
Realmente o poder da mente é tremendo. O primeiro passo é entender esse poder e buscar controlar, principalmente, aquilo que é negativo. Quando pensamos "NÃO posso", "NÃO mereço", "NÃO alcanço". Simplesmente por ter a palavra "NÃO" já estamos pensando negativamente. Muita gente pensa, por exemplo, que afirmar coisas como "NÃO vou passar necessidade", "NÃO vou ficar doente", "NÃO vou perder o emprego" já é uma afirmação positiva. Na verdade, sendo redundante: NÃO! O que devemos buscar são as afirmações positivas como "estou bem", "Vou alcançar", "conseguirei", "estou saudável".
Quando dizemos que "NÃO queremos algo", não focamos no que QUEREMOS, mas sim no que NÃO queremos. Entende? Trabalhamos para o “NÃO”. Então o que devemos fazer é exercitar o controle (100% sempre será impossível) dos pensamentos, das afirmações. Buscar conhecer os gatilhos que podem disparar sentimentos e pensamentos positivos e negativos e, principalmente, aprender a reagir a eles. Isso vale para tudo no dia a dia, inclusive profissional. As metas, SIM, são atingíveis, os objetivos, SIM, são alcançáveis, eu, SIM, conseguirei, eu, SIM, entregarei. Ainda que nesse momento possa estar longe de realizar algo, mas se focarmos no que SIM podemos fazer, nossa mente trabalhará para isso